segunda-feira, 4 de maio de 2009

Regulamentação da Profissão - Informática

Logo de cara, quando nos foi dada a tarefa de discorrer sobre o assunto, eu me posicionava a favor da regulamentação. Eu acreditava ser injusto que pessoas que não concluiram e nem ao menos frequentaram um curso superior pudessem tomar a vaga de um diplomado.

Felizmente eu procurei me informar melhor e analisando os projetos de lei, o posicionamento da SBC, e opiniões de outros colegas eu mudei minha forma de pensar.

Em resumo, os projetos de lei que prevêem a regulamentação do profissional em informática defendem que somente os diplomados ou os que já exercem a profissão por no mínimo 5 anos terão o direito de trabalhar na área. O objetivo dessa medida, em tese, seria impedir que uma pessoa qualquer, que não teve uma educação institucional na área de informática, exerça a profissão.

Mas e como ficam os autodidatas, que já contribuiram e continuam contribuindo muito para o desenvolvimento da computação não só no Brasil, mas em todo o mundo. A alegação de que eles estariam tomando as vagas dos diplomados pode ser derrubada simplesmente analisando que, se eles são contratados, é porque certamente eles estão se desenvolvendo e trabalhando com competência, pois dono de empresa nenhum colocaria seu negócio em risco contratando "qualquer" pessoa.

Só para concluir, espero que esses projetos de lei ( PL 607/2007 (do senador Expedito Júnior), e PL 7109/2006 e PL 7232/2006(do deputado Bonifácio de Andrada )) não sejam aprovados, ou que pelo menos sejam reformulados. Seria até aceitável permitir mais direitos aos diplomados, mas de forma alguma impedir que autodidatas ou profissionais de outras áreas trabalhem na informática, pois isso reduziria o crescente desenvolvimento da computação no Brasil.

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